Lidos 2020

Com tanto tampo em casa, acho que ler, programar, fazer yoga e estreitar laços no relacionamento com o P. foram minhas atividades principais. Até terminei o finalzin de Sapiens depois de miliano e deixei outros tantos, muito bons, pra terminar nos anos que estão por vir… aqui vão os livros que li por inteiro em 2020, os grifados foram meus preferidos:

Quadrinhos

  • Persepolis
  • O árabe do futuro 1, 2, 3 e 4 (o primeiro foi hilário e os outros não decepcionaram)
  • Pyogyang: uma jornada a coreia do norte (o último que tinha lido sobre essa temática foi em 2017)
  • O homem que caminha
  • Na prisão

Os demais

  • Spinster -Making a Life of One’s Own: Spinster é o termo em inglês que poderíamos traduzir como “tia dos gatos”, e esse é um livro sobre como é viver uma vida solteira com 20, 30, 40 anos e assim por diante. Fiquei super fascinada por ele e acho que toda mulher deveria ler mais sobre esse tópico, ter um parceiro e ser mãe não são obrigações de ninguém, o que pode parecer óbvio, mas pouco se fala sobre mulheres soteiras sem ser de forma prejorativa.
  • No seu pescoço: Ganhei de natal de um colega de trabalho, ainda não tinha lido nenhum trabalho da Chimananda, muito boa escrita.
  • A vegetariana: acho que esse post diz melhor sobre o livro do que eu poderia.
  • Hotel Iris: escrevi um pouquinho sobre lá no meio de 2020
  • Este livro não vai te deixar rico – tudo o que ninguém te contou sobre empreendedorismo: Escrito pela pessoa que faz um perfil que gosto muito, o @startupdareal
  • Reinvenção da intimidade: Políticas do sofrimento cotidiano
  • Adventures in opting out – Um guia de campo para viver uma vida intencional: Já que esse é um blog sobre minimalismo, preciso fazer um review melhor dos livros da Cait, pretendo fazer agora nas férias de janeiro.
  • Como ser anticapitalista no século XXI
  • Desobedecer
  • Necropolítica: escrevi um pouquinho sobre lá no meio de 2020
  • Na hora da decisão – somos sujeitos conscientes ou máquinas biológicas?: Um livro estilo jornalismo científico escrito por um italiano, bem poética a forma de escrita, interessante.
  • Memórias da plantação – Grada Kilomba

Não tenho cacife para escrever um post sobre racismo estrutural, mas queria deixar aqui um destaque sobre esse livro:

Imagine a cena: você leva sua filha de 10 anos ao médico e, no final da consulta, a doutora pergunta se sua filha não gostaria de trabalhar na faxina da casa de férias dela, enquanto as aulas não voltam. O detalhe na história parece fazer toda a diferença: a médica é branca; a mãe e a filha são negras. Grada Kilomba traz esse e muitos outros relatos em “Memórias da plantação, episódios do racismo cotidiano”, livro-resultado de sua tese de doutorado.

A autora, que é uma psicóloga portuguesa, começa o livro na versão em português, atentando e pontuando o quão excludente esse idioma pode ser para endossar o racismo, o machismo e outros preconceitos. O livro também começa com algumas conceitualizações sobre o poder que preserva a supremacia branca e mantém posições hierárquicas. Essas ideias são apresentadas em diálogo com Foucault, Mbembe, e Fanon. Seria incrível se esse livro fosse uma das primeiras leituras obrigatórias em qualquer curso superior, ele diz muito sobre nosso fazer científico e sobre o mundo acadêmico em si.

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